O que é o Álcool?
O álcool é um produto químico. O tipo de álcool das bebidas alcoólicas chama-se álcool etílico ou etanol.
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Como se define o consumo de álcool?
Portugal é um dos países da Europa com maior taxa de consumo de bebidas alcoólicas e de prevalência de problemas ligados ao álcool.
Existem diferenças entre o consumo e a dependência do álcool.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica os consumos de álcool em:
Consumo de risco;
Consumo nocivo;
Dependência.
Consumo de risco - é um padrão de consumo que pode vir a implicar dano físico ou mental se esse consumo persistir.
Consumo nocivo - é um padrão de consumo que causa danos à saúde, quer físicos quer mentais. Todavia não satisfaz os critérios de dependência.
Dependência - é um padrão de consumo constituído por um conjunto de aspectos clínicos e comportamentais que podem desenvolver-se após repetido uso de álcool, desejo intenso de consumir bebidas alcoólicas, descontrolo sobre o seu uso, continuação dos consumos apesar das consequências, uma grande importância dada aos consumos em desfavor de outras actividades e obrigações, aumento da tolerância ao álcool (necessidade de quantidades crescentes da substância para atingir o efeito desejado ou uma diminuição acentuada do efeito com a utilização da mesma quantidade) e sintomas de privação quando o consumo é descontinuado.
Quais as consequências destes tipos de consumos?
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Efeitos Imediatos
À sensação inicial de euforia e de desinibição, segue-se um estado de sonolência, turvação da visão, descoordenação muscular, diminuição da capacidade de reacção, diminuição da capacidade de atenção e compreensão, fadiga muscular, etc.
O álcool actua bloqueando o funcionamento do sistema cerebral responsável pelo controlo das inibições. Estas, ao verem-se diminuídas, fazem com que o indivíduo se sinta eufórico, alegre e com uma falsa segurança em si mesmo que o poderá levar, em determinadas ocasiões, a adoptar comportamentos perigosos.
Os acidentes rodoviários merecem uma menção especial. Uma altíssima percentagem destes tem relação directa com o consumo do álcool. Há mais mortes, por dia, causadas pelo álcool do que por outras substâncias psicoactivas. Podemos afirmar que é a primeira causa de morte entre os jovens.
Contrariamente ao que se diz, o álcool não é um estimulante do sistema nervoso central mas sim um depressor.
O excessivo consumo de álcool produz acidez no estômago, vómito, diarreia, baixa da temperatura corporal, sede, dor de cabeça, desidratação, falta de coordenação, lentidão dos reflexos, vertigens e mesmo visão dupla e perda do equilíbrio.
Se as doses ingeridas forem muito elevadas, caso de intoxicação etílica aguda, pode surgir depressão respiratória, coma etílico e eventualmente a morte.
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Efeitos a longo prazo
O consumo crónico produz alterações diversas em diferentes órgãos vitais:
Cérebro: deterioração e atrofia;
Sangue: anemia, diminuição das defesas imunitárias;
Coração: alterações cardíacas (miocardite);
Fígado: hepatopatia, hepatite, cirrose;
Estômago: gastrite, úlceras;
Pâncreas: inflamação, deterioração;
Intestino: transtornos na absorção de vitaminas, hidratos e gorduras, que provocam sintomas de carência.
Perturbações Psíquicas: irritabilidade; insónia; delírios por ciúmes; ideias de perseguição e, ainda mais graves, as encefalopatias com deterioração psico-orgânica (demência alcoólica).
Quais são os sintomas da dependência alcoólica?
- Sentir grande necessidade de consumir bebidas alcoólicas;
- Incapacidade para controlar o consumo, seja o início, o fim ou os níveis de consumo;
- Síndrome de abstinência – estado de abstinência fisiológica quando se para ou reduz os consumos;
- Tolerância ao álcool;
- Abandono progressivo de interesses alternativos em favor do uso da substância;
- Persistência no uso da substância, apesar da evidência de consequências manifestamente nociva
Fonte: Portal da Saúde;
Instituto da Droga e toxicodependência